11 de abril de 2015

EU, VICIADA, ME CONFESSO #3: A GATA DO DALAI LAMA

Como a vida não são só séries, esta nova publicação traz-nos um livro.
A Gata do Dalai Lama foi escrito por David Michie e é um bestseller internacional. Michie, conhecido por dar a conhecer aos seus leitores os princípios do budismo, inspirou-se na relação entre Dalai Lama e a sua gata para nos trazer este romance, que num segundo nos faz rir como no segundo seguinte nos dá um murro no estômago e nos obriga a refletir sobre nós mesmos.

"- Comece por pensar nas vantagens de praticar a paciência e as desvantagens de não o fazer - disse o Dalai Lama. - Quando uma pessoa sente raiva, a primeira pessoa a sofrer é ela. Ninguém que sente raiva tem uma vida feliz ou uma mente pacífica.
(...)
- Também precisamos de pensar no impacto que temos nos outros. Quando dizemos coisas que magoam, coisas que não queríamos dizer, podemos causar feridas profundas que não podem ser curadas. Pense em todas as divergências entre os amigos e no seio da família, divisões que levaram a um colapso total nas relações, tudo por causa de uma única explosão de raiva."

Tudo começa quando uma pequena e frágil gatinha é salva das ruas movimentadas de Nova Deli e esta se torna a nova companheira do Dalai Lama. A história chega-nos através dos olhos desta gatinha que ganhou um novo lar junto daquele que é o lider espiritual tibetano. Desde visitas de atores e professores universitários a típicos comportamentos dos nossos amigos felinos, esta gatinha relata-nos a sua vida, tudo isto enquanto aprende a sabedoria da paciência e da calma e a transmite ao leitor. Claro que, sendo apenas uma jovem gata, também nos é relatado os seus encontros com outros gatos e as suas aventuras pelo mosteiro e pela cidade, no topo dos Himalaias.

"- Todos deparamos com a mesma escolha quando se trata de problemas. Não os pedimos. Não os queremos. Mas a maneira como lidamos com eles é o mais importante. Se formos sábios, os maiores problemas podem levar a maior conhecimento."

Correndo o perigo de denunciar mais do que devia, apenas posso recomendar este livro a quem tem gosto por gatos ou, e este é o ponto mais importante, a quem necessita de refletir um pouco sobre as suas atitudes ou precisa de entender e saber lidar com as atitudes dos outros.

Aproveito, ainda, para agradecer ao meu amigo Pedro, que sabe sempre o que me oferecer. Este livro não poderia ter chegado às minhas mãos em melhor hora.



2 comentários:

  1. Ora, muito bem:
    Escrita clara e afirmações oportunas, como nunca foge à regra, por isso, não venho aqui dar novidade nenhuma.
    Em relação à obra em si, apenas tenho a dizer que não tens nada que agradecer por te ter oferecido o livro, até porque quando mo emprestares para eu o ler, nunca mais o vais ver, caso eu fique, como tu ficaste, fã.
    De qualquer forma, considerando algumas passagens que me mostraste e as que mencionaste aqui, penso que, de facto, é uma obra deveras instrutiva e, não obstante, divertida. Aconselhá-la-ia a umas pessoas que eu cá sei.
    "Mas isso agora não interessa nada!"

    Beijinhos e boa nõete!

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    1. Pedro,
      Antes de mais, ai de ti que não me devolvas o livro! Até te posso comprar um, mas esse volta à dona, não fosse ele ter uma declaração feita por ti que é deveras oportuna! Ha Ha Ha!
      É exactamente isso que este livro é: divertido, mas no entanto cheio de sabedoria. Confesso que fiquei bastante curiosa acerca do budismo e dos seus ensinamentos.
      Faz-nos um favor e aconselha esse livro a torto e a direito, só melhorava a vida de toda a gente.

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